Visit us on TwitterVisit us on FacebookVisit us on YoutubeVisit us on LinkedIn
Cosmetic Innovation - Know More. Create More.ColunistasQuando o loiro platinado vira desejo nacional

Quando o loiro platinado vira desejo nacional

  • Written by:

A Febre dos Descolorantes e o papel do cosmetólogo na minimização de riscos 

Já faz alguns anos que tenho percebido o aumento de novas marcas lançando pó descolorante no mercado nacional. Mesmo sendo uma tecnologia pouco divulgada e dominada por empresas especializadas na terceirização deste produto, a busca por conhecimento e alternativas que possam minimizar os danos para os cabelos são cada vez mais frequentes.

Para tal minimização, o primeiro passo está em entender que a quantidade de persulfato presente na formulação deve seguir seu limite (ditado pela ANVISA). Esta concentração está proporcionalmente ligada ao quanto de água oxigenada a marca indicará na rotulagem – no campo modo de uso. A quantidade também irá ditar todo o racional de desenvolvimento, desde a escolha de espessantes, aditivos, agentes suspensores, quelantes e veículos.

Quando falamos em processo de clareamento do cabelo, basicamente estamos falando de uma reação de oxidação. Para explorarmos o maior potencial oxidante de um pó descolorante, é necessário “ativar” o persulfato, transformando-o em ânion ou radical sulfato. Para isto, além dos radicais hidroxilas, há alternativas que sinergicamente potencializam o mecanismo de oxidação, minimizando a concentração dessas substâncias e consequentemente os danos ocasionados aos fios.

O racional para elaboração de uma formulação de pó descolorante é sinérgico. Nem sempre a formulação mais cara é de fato a de maior qualidade.

Existem diferenças quantitativas entre um pó descolorante de varejo e um de uso profissional. Na grande maioria das vezes, essa diferença não está somente na concentração de persulfato, mas também no espessante utilizado. Marcas de varejo possuem resposta de viscosidade inferior – por também serem utilizadas em maior escala para descoloração dos pelos em rituais conhecido como banho de lua.

Já no racional profissional, é importante destacar que na pratica cabeleireiros acabam por misturar OX e pó descolorante não seguindo a proporção indicada. Para este público e por segurança de reação, a elaboração de um potente sistema de espessamento é extremamente importante para que a mistura seja seguida a risca e atenda a concentração de persulfatos indicada pela ANVISA. Colocar mais pó pode concentrar o persulfato na mistura e ocasionar reações indesejadas, até mesmo queimadura e corte químico. O profissional cabeleireiro cria a expectativa de que um bom descolorante rende quando misturado à OX. Para ele, este rendimento está na obtenção de uma mistura com viscosidade alta. Mesmo sabendo da importância que esta viscosidade traz quando o foco é não manchar o cabelo por escorrimento, um sistema de espessamento que resulta numa baixa viscosidade, fará automaticamente com que o profissional concentre mais o pó e consequentemente aumente o risco indesejado de corte químico ou agressão tecidual no couro cabeludo (inflamação). Ainda há o fato da crescente utilização de progressivas ácidas que possuem restrita compatibilidade com os pós descolorantes. Quanto maior a concentração de persulfato de amônio no pó, maior será a incompatibilidade com a progressiva ácida. Daí está a importância ao destaque aos testes de mechas descritos na rotulagem do produto.

Quando o risco invade a área produtiva, a escolha da fragrância faz toda a diferença. Qualquer residual aquoso pode desencadear um processo de combustão durante a fabricação. Geralmente fragrâncias que utilizam como solvente de corte o miristato de isopropila são as mais indicadas para produção de pó descolorante. Jamais utilizar fragrâncias cortadas em DPG e/ou demais substâncias que possuam um teor de umidade muito alto.

A escolha do equipamento e a elaboração da área produtiva também é um fator importante e decisivo para segurança dos envolvidos. O armazenamento de substâncias que compõe o descolorante deve seguir regras básicas de qualidade para não haver contaminação cruzada.

O transporte do descolorante deverá ser feito separadamente – Há resolução que solicita cofre para transportar descolorantes quando há demais produtos envolvidos.

O mercado de descolorante é rentável e lucrativo. De 50 a 95% do custo de uma formulação de pó é valorada em dólar.

A criatividade do profissional formulador em desenvolver sinergismo entre os ingredientes melhorando o preço e minimizando os riscos e danos do produto na pele e no cabelo, é desafio constante para o mercado da beleza.

nota_opiniao

Parceiros 2021

Home

Categorias

Nossos Portais

Parceiros

Animated Social Media Icons Powered by Acurax Wordpress Development Company