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Avon volta ao azul e no Brasil margem sobe

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A fabricante de cosméticos Avon voltou a registrar lucro após cinco anos consecutivos de prejuízo. Em 2017, a americana obteve ganho acumulado de US$ 22 milhões, revertendo as perdas de US$ 107,6 milhões registradas um ano antes. Houve melhora na margem operacional no Brasil, devido à redução da inadimplência das revendedoras.

A  receita em dólares no país, no entanto, caiu 9% no ano passado, descontada a variação cambial. O mercado brasileiro é o maior da fabricante de cosméticos no mundo. Na contramão, a receita na América do Sul avançou 4% em 2017 e atingiu US$ 2,2 bilhões no ano.

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Globalmente, a empresa faturou US$ 5,7 bilhões, declínio de 2% na comparação anual. No quarto trimestre, o lucro foi de US$ 91,5 milhões ante prejuízo de US$ 10,7 milhões observado em igual período de 2016.

Jan Zijderveld, diretor-presidente que chegou à companhia no início deste mês, após atuar por 30 anos na Unilever, disse estar ciente de que a operação da Avon, segunda maior empresa de vendas diretas do mundo, precisa de mudanças significativas. “Estou certo que podemos liberar o potencial desse negócio icônico. Nossos planos estão em revisão e temos senso de urgência”, afirmou em teleconferência para investidores e analistas.

A filial brasileira teve desempenho abaixo do esperado em vendas no ano passado, segundo a companhia, devido à queda no número de revendedores.

Também houve redução nos preços dos produtos, diante de um consumidor mais retraído. Jamie Wilson, diretor financeiro da Avon, afirmou que o país será foco no gerenciamento da operação em 2018.

O recuo na força de vendas no Brasil foi atribuído à aplicação de uma política de crédito mais restritiva pela empresa, que afetou o recrutamento de novos consultores. Por outro lado, houve uma redução da inadimplência entre outubro e dezembro de 2017, quando comparada com o ano anterior, que contribuiu positivamente para a margem operacional.

Zijderveld disse que a operação atravessou algumas particularidades ao longo do ano passado, como problemas na divisão de maquiagens durante o primeiro semestre. O executivo afirmou que a companhia se esforçará para que o seu maior mercado volte a crescer ao longo deste ano. Outros pontos de atenção serão a Rússia, o México e o Reino Unido.

As demonstrações financeiras de sua principal concorrente no país, a Natura, serão conhecidas apenas em 14 de março. Analistas esperam avanço nas vendas em território nacional, mas a conclusão da compra da rede The Body Shop deve ter impacto sobre os números do quarto trimestre. A receita líquida deve somar R$ 3,59 bilhões, alta de 56,5%, na previsão do BB Investimentos. A expectativa é de um lucro líquido de R$ 186 milhões, queda de 7,7%.

Assim como a Avon, outras multinacionais de consumo também sentiram nos resultados os efeitos da intensa competição por preços no mercado brasileiro, que reflete a lenta recuperação econômica. A Unilever, dona do xampu Seda e do sabonete Dove, sofreu com a decisão dos consumidores de trocar de marcas durante a recessão em busca de preços mais baixos.

Na semana passada, a L’Oréal, que detém as marcas Garnier, Niely Gold, Colorama, Diesel e Giorgio Armani, informou aos analistas que continua enfrentando dificuldades no país, devido ao ambiente econômico. Por outro lado, na América Latina, os mercados mexicano e argentino registraram crescimento de dois dígitos.

Por outro lado, Coty e L’Occitane conseguiram desempenho positivo no país.
Camillo Pane, presidente da Coty, disse que a empresa continua ganhando participação no Brasil, apesar da agressiva estratégia de preços dos rivais. Em desodorantes teve crescimento expressivo. “O destaque foi a marca Monange”, afirmou ele. A empresa também teve resultado forte com a Koleston, marca de tintura para cabelo comprada da P&G em 2015.

Dados da consultoria Euromonitor indicam que o mercado de higiene e beleza deverá registrar crescimento real de 3,8% em relação a 2017, movimentando R$ 108,9 bilhões. No ano passado, o setor faturou R$ 104,9 bilhões, aumento real de 2,6%. Os maiores avanços deverão vir dos produtos para depilação, perfumaria e barba e cuidados para os cabelos.

Fonte: Valor

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