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Do creme rinse a máscara capilar de alta performance

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O mercado de produtos cosméticos respira transformação, é um mercado que vive de moda, inovação e segue em constante evolução.

Um dos produtos cosméticos onde podemos constatar essa mudança constante são os condicionadores capilares. A evolução e a diversificação destes produtos é surpreendente, basta nos lembrarmos do famoso “creme rinse” desenvolvido por volta de 1945, sendo que  “rinse”, vem do verbo inglês que significa “enxaguar” portanto nosso condicionador atual era conhecido no passado como creme de enxaguar os cabelos.

Muita coisa mudou de lá pra cá, o creme rinse passou a se chamar condicionador e este produto não apenas enxagua os cabelos mas também os condiciona e o deixa mais macios e brilhantes.

Uma variedade de novos conceitos e formulações surgiram, tais como:  os cremes ou sprays “leave on” ou “leave in”, os reparadores de pontas, os finalizadores capilares, as máscaras hidratantes, enfim criou-se uma classe de produtos conhecidos como “após shampoo”, que não tem apenas a função de neutralizar as cargas negativas depositadas pelos detergentes aniônicos presentes nos shampoos mas que também condicionam, tratam, nutrem, intensificam o brilho e melhoram o aspecto dos cabelos.

Essas formulações deixaram de ser simples combinações de quaternário de amônio com álcoois graxos, sendo a combinação mais conhecida e utilizada até hoje, a associação do cloreto de cetrimônio (INCI name: cetrimonium chloride) com álcool cetoestearílico (INCI name: cetearyl alcohol).

Elas se transformaram em fórmulas complexas, nutritivas, que contém vitaminas, proteínas, aminoácidos, polímeros de condicionamento e a melhoria e ampliação do portfólio de emolientes disponíveis no mercado, em especial dos silicones, foram os principais responsáveis pela diferenciação destes produtos permitindo que a indústria cosmética criasse produtos com performances ímpares e infinitos apelos de marketing.

No entanto, de nada valem os emolientes, as vitaminas, os ativos, os silicones, etc. se estes ingredientes não conseguem se ligar a fibra capilar e promover a perfeita interação e penetração dos mesmos e, quem possui essa propriedade são os emulsionantes ou emulsificantes, que no caso dos pós shampoos são os quaternários de amônio. Estes emulsionantes com carga carga positiva, além de neutralizar as cargas negativas deixadas pelo shampoo, promovem a perfeita e estável mistura entre a fase água e fase graxa dos condicionadores.

O mais conhecido e mais utilizado de todos é o cloreto de cetiltrimetilamônio também conhecido pelo INCI name de “Cetrimonium chloride”.

Com o advento dos “berrentrimônios”, que poderíamos classificar como a segunda geração dos quaternários de amônio, algumas restrições relacionadas com a “toxicidade” do cloreto de cetiltrimetilamônio ficaram mais evidentes e normalmente se evita aplicar este quaternário em concentrações superiores a 2.5% pois acima deste nível o produto pode eventualmente causar irritação ocular e até opacificação córnea.

Este fato normalmente é relacionado à sua curta cadeia graxa de 16 carbonos, que é considerada potencialmente mais irritante para a pele (ou couro cabeludo) que a cadeia de 22 carbonos dos berrentrimônios. Outra diferença destacada também foi o íon cloreto que também é considerado mais irritante que o íon metossulfato.

Outros fatores como substantividade e suavidade nos cabelos também corroboraram para que os berrentrimônios tivessem seu uso ampliado porque quanto maior a cadeia graxa, maior a substantividade à fibra capilar e a adição ou associação destes quaternários especiais com cloreto de cetrimônio tornava os produtos mais condicionantes e suaves.

Por toda essa suavidade, segurança e benefícios, esta segunda geração de quaternários representada principalmente pelo metossulfato de berrentrimônio, tornou-se um dos emulsificantes catiônicos mais utilizados no mercado, principalmente em formulações onde o tempo de contato com os cabelos e couro cabeludo era maior como tratamentos de hidratação, máscaras capilares e etc. mas, definitivamente estes ingredientes encontraram seu lugar definitivo em produtos sem enxágue como cremes para pentear, “power doses” e produtos para público que tem couro cabeludo sensível como crianças e bebês.

Recentemente, pode se constatar que o mercado começa a inovar, a se diversificar novamente. Nota-se que os berrentrimônios tem perdido espaço para os produtos de INCI name: Steralkonium chloride, Dicetyldimonium chloride e principalmente para a nova estrela deste mercado, o Stearamidopropyl dimetilamine, que é o mais famoso representante do que podemos chamar, a terceira geração dos emulsificantes catiônicos usados para desenvolver produtos de condicionamento capilar de alta performance.

O Fortquad™ ST 18 ou Stearamidopropil dimetilamina já chegou inovando o mercado dos quaternários de amônio porque tem um grupo amina terciária na sua cadeia graxa que gera características únicas de compatibilidade com aniônicos e catiônicos.

O Fortquad™ ST 18 apresenta todas as propriedades que fizeram dos berrentrimônios um sucesso no mercado de produtos após shampoo de alta performance, que são: uma cadeia graxa longa de 18 carbonos, que proporciona alta substantividade, suavidade e condicionamento aos fios e, também é uma molécula derivada de fontes naturais (como os berrentrimônios que tem como origem o óleo de Canola). Além disso, é extremamente custo-efetivo e pode substituir totalmente o cloreto de cetrimônio com performance de condicionamento semelhantes ou superiores.

Entretanto esta nova molécula tem uma característica diferente dos quaternários de amônio. Como o produto é uma amina é necessário neutralizá-la com ácidos como lático ou cítrico para que a molécula se comporte como um emulsionante catiônico. É algo novo quando falamos sobre formular condicionadores e produtos após shampoo mas, que não traz grande complexidade para os formuladores já que normalmente se utiliza ácido cítrico para ajustar o pH de produtos “após shampoo” em torno de 3 a 4,5.

O Fortquad™ ST 18 ou Stearamidopropil dimetilamina pode ser encontrado em condicionadores e produtos após shampoo premium, de alta performance das principais multinacionais que atuam no mercado de Hair Care e, com certeza é uma questão de tempo para que o mesmo se torne tão conhecido e utilizado como os outros emulsionantes catiônicos de primeira e segunda geração pois devido a sua longa cadeia graxa aumenta a viscosidade dos condicionadores, melhora as propriedades de condicionamento do produto, é suave, seguro e custo-efetivo constituindo-se uma perfeita alternativa ao cloreto de cetrimônio.

Bibliografia

Correa, Marcos Antonio. COSMETOLOGIA Ciência e Técnica, 1ª Edição, Editora Medfarma, 2012.

Autor: Ricardo Azzini

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