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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.RadarGeocosmética orienta a indústria da beleza

Geocosmética orienta a indústria da beleza

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País de dimensões continentais, o Brasil é berço esplêndido da diversidade cultural e étnica, o que reflete na cor e tipo de pele e, consequentemente, nas escolhas de produtos de maquiagem. Há de se levar em conta, ainda, a realidade climática de cada região do país para não deixar a base escorrer diante do calorão ou ficar com a pele ressecada demais quando a umidade do ar é reduzida.

Tais características compõem o que especialistas chamam de geocosmética, ou o estudo detalhado de referências regionais que balizam a indústria na fabricação de produtos de cuidados e beleza, a partir de demandas reais do público-alvo de determinada localidade. “A diversidade cultural e étnica brasileira sempre foi fonte de inspiração de pesquisas antropológicas e técnicas que nos permitem desenvolver produtos e marcas que se conectam de maneira mais direta com os consumidores”, afirma Fernanda Rol, diretora da unidade global de cosmética da Natura.

Ela também cita as diferentes expressões culturais brasileiras como inspiração para a criação de cores e conceitos que geram identificação com o público. “Entender essa diversidade leva o consumidor a se relacionar com produtos que falam com seu tom de pele e seu tom de ser, principalmente no caso da maquiagem”, cita. Tanto que a marca acaba de lançar novidades na Aquarela, linha 100% voltada para a diversidade da mulher brasileira, projeto em que o comportamento do consumidor também é levado em conta.

“É claro que a brasileira não usa a mesma maquiagem. A carioca, por exemplo, prefere algo menos elaborado. Já a paulista gosta de caprichar nos olhos. Percebo que as mineiras gostam de maquiagens mais marcantes, talvez um pouco parecidas com as goianas. Já a turma do Norte e do Nordeste gosta de uma maquiagem que dure bastante, já que são regiões quentes”, caracteriza Marcos Costa, maquiador oficial da marca.

Identificação

Outra empresa de cosméticos brasileira, O Boticário reforça a importância de estudos sobre a geocosmética no Brasil. “Os produtos são desenhados levando em consideração clima, hábitos e geografia. Constantemente, realizamos pesquisas regionais para entender as especificidades de cada público”, explica Diego Costa, gerente da categoria de maquiagem da marca. E justifica: “Hábitos e rotina de uso, tipos de pele, perfumação, níveis de oleosidade, necessidade de maior resistência ao suor, proteção solar, nível de cobertura, grau de luminosidade e cores são itens extremamente influenciados pela localização geográfica e considerados em nossos lançamentos”.

Quase 50 tons de pele

Nesse trabalho que envolve pesquisas, entrevistas, monitoramentos de tendências e perfis de consumidores, “inputs analisados no desenho ideal de cada formulação e embalagem”, descreve, exemplo da diversidade brasileira vem da base Matte effect. “Com o objetivo de mapear os diferentes tons de pele que compõem a nossa população, contemplamos seis cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus, Brasília e Porto Alegre) e ouvimos mais de 1, 5 mil pessoas. O resultado são 162 tonalidades de pele identificadas, agrupadas em 47 tons de pele que abrangem toda a população brasileira. Com isso, a régua de cores das bases líquidas Matte effect cumpre o objetivo de atender a essa grande diversidade de tons de pele.”

Coletivo X individual

Além das pesquisas localizadas, outra estratégia da indústria cosmética para conhecer a realidade geocosmética de cada região é a parceria com a comunidade, incluindo aí consultoras e mulheres que influenciam a opinião pública. “Em um trabalho de coconstrução, trabalhamos de forma ativa com consultoras de diferentes regiões do país para entender as diferentes realidades locais e dados acerca da mistura étnica”, reforça Fernanda Rol, da Natura. O objetivo, completa, “é desenvolver cores mais próximas das peles brasileiras, além de fórmulas mais leves e precisas, o que pode ser visto na campanha de Aquarela, que explorou a proposta de trabalhar com um olhar criativo gerado a partir de uma diversidade de olhares de grupos de cocriação com o intuito de criar um legado criativo de brasilidade e beleza”.

Na canadense M.A.C não é diferente, como revela Fabiana Gomes, maquiadora sênior da marca. “O desenvolvimento de produtos envolve maquiadores, influencers e cientistas que avaliam oportunidades em cada mercado com o objetivo de desenvolver produtos baseados na demanda de cada região.” Ela explica ainda que as ações levam em conta não só tons de pele, mas dados variados, como faixa etária e estilo de vida, num painel o mais diverso possível.

A maquiadora lembra, ainda, que a cultura de maquiagem é recente no Brasil, o que indica que estamos em processo de aprendizagem. “Nesse sentido, talvez o mais importante seja observar as preferências da mulher brasileira, uma área ainda recente em comparação a outros países mais ‘antigos’. Então, vivemos momentos de construção de intimidade com maquiagem, desejos, maneiras de usar e técnicas. Estamos em processo de aprendizagem”, afirma.

Nesse sentido, ela afirma que jogar uma lupa sobre a individualidade do público é um diferencial. “Trabalhamos com a ideia de tocar, atingir e atender a demandas personalizadas por meio da atuação dos artistas disponíveis nas lojas para entender não só como é o tipo de pele, mas como é a condição de pele, como ela é afetada pelo clima, qual é o desejo e estilo daquele cliente e o que busca naquele momento. A importância disso pode ser comparada sob a ótica da diferença entre alta-costura e prêt-à-porter: é a personalização, é a customização, é algo feito, recomendado, escolhido a dedo para você baseado nas suas necessidades, no que você está buscando, sob medida”, encerra.

Fonte: Portal Uai

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