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ONU faz recomendações sobre nanotecnologia

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A ONU estima que o mercado mundial de nanotecnologia crescerá 20% ao ano e chegará a quase US$ 55 bilhões em 2022. Trata-se de uma nova fronteira de produção e uso de materiais artificiais. Como os efeitos nocivos à saúde e ao meio ambiente não são conhecidos, pesquisadores da ONU Meio ambiente fazem recomendações de salvaguardas ambientais. Mas eles ressaltam que não há motivos para exageros antecipados, como aconteceu com a tecnologia dos transgênicos e das células-tronco.

O diagnóstico faz parte do relatório “Fronteiras 2017”, a segunda edição de um estudo da ONU Meio Ambiente (conhecida formalmente por Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma) que mapeia os novos temas de interesse da agenda ambiental global.

Os nanomateriais são feitos de nanopartículas. Sua medida é o nanômetro. Para se ter ideia, o diâmetro de um fio de cabelo é aproximadamente 80 mil nanômetros. “Os últimos avanços em nanotecnologia e nanociência permitiram obter nanomateriais com novas propriedades físico-químicas que podem transformar o mundo” diz o texto. Podem substituir o aço e o cimento, disse ao Valor Jacqueline McGlade, autora do capítulo. “Imagine o impacto disso – a produção de aço e cimento emite gases estufa. Teríamos um material que não é emissor.”

O desenvolvimento desse mercado “é um fenômeno importante que as autoridades precisam observar e regular”, diz Jacqueline, ex-cientista-chefe do Pnuma. “É preciso que o debate ocorra logo, para não acontecer o mesmo erro dos transgênicos e das células-tronco”, continua. “Pessoas que dizem ‘esta é uma parte da tecnologia que não entendo e por isso é ruim’ podem comprometer muitas áreas novas da ciência”, alerta.

No mundo animal, os nanomateriais aparecem no esqueleto de plâncton, empelo de animais, em teias de aranhas, em escamas e asas, na seda, no algodão. No universo industrial, são desenhados para aplicações óticas, cosméticos, roupas, dispositivos eletrônicos. “Existe um grave risco de que não saibamos o suficiente sobre os efeitos de longo prazo destes materiais na saúde e no ambiente, para utilizá-los sem aplicar mais salvaguardas”, recomenda o estudo.

Há várias formas para os nanomateriais de carbono. O grafeno é uma lâmina de átomos de carbono. Entre suas aplicações estão implantes e transporte molecular. Os nanotubos de carbono são lâminas de carbono que formam um cilindro contínuo 117 vezes mais resistente que uma estrutura de aço de mesmo diâmetro.

A liberação involuntária no ambiente acontecerá em algum momento da vida  desses produtos. O estudo alerta que os nanotubos de carbono têm característica similar à fibra de amianto, em forma de agulha. “Podem atravessar o tecido pulmonar e provocar inflamação”.

“As lições do passado sobre a exposição a materiais perigosos, como o amianto, nos ensinam que ‘nenhuma evidência de danos’ não quer dizer ‘evidência de nenhum dano’. A pesquisa sobre consequências negativas da exposição ambiental aos nanomateriais é essencial”, diz comunicado sobre o “Fronteiras 2017” no capítulo dedicado aos nanomateriais.

Fonte: Valor Econômico

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