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Quando a inovação vem de você…

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Vivemos tempos de ansiedade permanente. A informática criou o que will.i.am, produtor musical e vocalista do aclamado quarteto Black Eyed Peas chama de “Generation Now”.

Uma geração que quer “tudo ao mesmo tempo agora” (parafraseando o Titans). Já sabemos que a música pop sintetiza os valores de uma geração de consumidores. No caso de will.i.am, por exemplo, além de sua dedicação à música, ele parece um verdadeiro antropólogo da pulsação global. Ocupa o cargo de Consultor Criativo e de Inovação em Companhias como INTEL, THE COCA-COLA COMPANY e AB-INBEV. Em comum, essas empresas criam inovação para o público jovem, coisa que aparentemente will.i.am conhece muito bem. Afinal, ele emplacou 7 prêmios Grammy num período de 5 anos!

Nós, a “Generation Now” cantada em RAP e não em verso, vemos essa pressa em realizar, essa ansiedade pelo novo em tudo o que vivemos. Sabemos exatamente o que queremos… Nosso tempo é limitado. Para quando? Para depois? Não serve… Queremos, mas assim não serve. Só se for agora! Há décadas as companhias de software vivem essa realidade. Seus novos produtos são disponibilizados sem que estejam totalmente terminados. O importante é lançá-los rapidamente para garantir a felicidade de seus consumidores e a sua originalidade competitiva. A partir daí, uma série de complementos, correções e ajustes vai sendo agregada ao produto, fruto das revisões técnicas dos criadores e da saudável interação dos usuários com a tecnologia. Esses mesmos usuários são constantemente convidados a participar dos desenvolvimentos das inovações e recompensados por sua ajuda no processo criativo. Aos poucos o próprio conceito de “produto terminado” perdeu o sentido. Hoje temos versões que se atualizam quase que diariamente. Tais conceitos de desenvolvimento permanente e de co-participação dos consumidores no processo de inovação vem migrando recentemente da informática para outras áreas. A propósito, segundo will.i.am, no campo da música o tempo deverá eliminar a idéia de álbuns de inéditas periódicos para um lançamento contínuo de “singles”. Em outro exemplo interessante, a tradicional banda Queen acatou uma sugestão de convidar um novo vocalista para ocupar o lugar do insubstituível Freddie Mercury depois da insistência de inúmeros fans em postagens em sua página oficial. Segundo os fans da banda, Adam Lambert teria condições de aportar estilo e modernidade à banda sem competir com a personalidade de Freddie. O próprio Adam já estava muito acostumado com essa interação com o público, já que ele apareceu para o mundo quando foi vice-campeão do programa / competição “American Idol”.

A Inovação que deixa os concorrentes comendo poeira

Henry Ford, Industrial visionário do início do século passado, fundou a Ford Motors Company em 1903. Logo após iniciar seus trabalhos, foi processado pela Associação de Fabricantes Licenciados de Automóveis nos EUA que tinham uma patente de 1895 depositada em Nova Iorque e que era aplicável a todos os veículos automotores movidos a gasolina. Na prática, a patente garantia uma reserva de mercado para empresas grandes já consolidadas da aristocracia americana. A produção dessas companhias era cara e elitizada, reproduzindo a anterior produção de carruagens e de máquinas a vapor. O Senhor Ford ganhou a batalha judicial que durou quase cinco anos. Em sua brilhante defesa durante a batalha judicial, Ford argumentou que a patente da Associação reivindicava a origem da tecnologia e isso era impossível, pois todo processo de evolução tecnológica é forçosamente aditiva e baseada em conhecimentos e técnicas pré-existentes. Com isso deixou de ser considerado infrator da patente e gerou as bases de um acordo entre os fabricantes, que a partir de então iriam discutir juntos as validades das diversas patentes do setor. Depois dessa disputa, pode enfim se dedicar à realização de seu projeto de produção de automóveis acessíveis ao trabalhador comum. Ele lançou o Ford modelo T em 1908 e deu início a uma das maiores revoluções da história da humanidade. Nos quase vinte anos que se seguiram, foram produzidas 17 milhões de unidades do Ford T, mais da metade da produção mundial de automóveis no período. Henry Ford usava uma tecnologia de produção de massa que revolucionou a Indústria no mundo, baseada em altos volumes e com produção em série. Na linha de montagem, cada trabalhador deixava de ser um artesão caro e de trabalho demorado que se ocupava de um único carro por dias para se dedicar a ações simples e repetitivas. Essa nova mão de obra menos especializada não só era mais barata mas também muito mais rápida na montagem das partes intercambiáveis que formavam o automóvel.

Entre sua adolescência pobre e os dias de glória na sua senhoridade, Henry Ford viu a transformação que ajudou a imprimir no país, onde inicialmente apenas dois em cada oito americanos viviam em cidades. Ao final da vida, aos 80 anos, a relação já tinha mudado para cinco em cada oito americanos vivendo em cidades. Apesar de todo sucesso e fortuna que obteve com sua companhia, Henry Ford seguiu sendo um homem de princípios firmes. Em uma entrevista já no final da vida, respondendo a um repórter que tentava mitificá-lo, chamando-o do inventor da moderna produção industrial, Ford declarou de maneira enfática:

“As partes intercambiáveis são uma tecnologia de 1801. A linha de montagem surgiu em 1867. O automóvel moderno foi inventado em 1885. Eu não inventei nada novo. Eu simplesmente consolidei as descobertas de outros, atrás das quais estava o trabalho de séculos de conhecimento humano. Se eu tivesse trabalhado 50, ou mesmo 20 anos antes, eu teria falhado. O mesmo acontece com tudo o que é novo. O progresso acontece quando todos os fatores que compõem uma inovação estão prontos. Isso torna a inovação inevitável. Concluir que um conjunto pequeno de pessoas é responsável isolado pelas grandes conquistas da humanidade é o pior tipo de tolice.”

” The Answer Is Blowin’ In The Wind”…:

Como já nos dizia Bob Dylan em uma canção composta em 10 minutos numa mesa de bar em 1962 e gravada por ele no ano seguinte, as respostas pairam ao vento. Os homens estão na verdade imersos nas respostas das grandes questões de seu tempo. Muitos podem se deparar com respostas possíveis a partir da combinação de ideias, conceitos e conhecimentos já existentes. Assim, todo processo criativo se desenvolve em uma velocidade maior quando há mais pessoas contribuindo e trabalhando em equipe. Não só pela divisão do trabalho mas principalmente pela transcendência e intercâmbio de visões e de “know-how” entre os membros do grupo.

Desde a virada do milênio, as empresas têm percebido que uma maior aproximação com o público consumidor confere maior velocidade e traz inspiração heterodoxa ao processo de inovação. Empresas de ingredientes químicos como a BASF, ou de cosméticos como a NATURA, criaram fóruns específicos para receber a contribuição de quem se sinta apto e envolvido com seus processos de inovação, seja de maneira contínua ou puntual.

No conselho diretivo da BASF, a gigante companhia química alemã, criou-se um evento global chamado de “Creator Space Tour” para comemorar os 150 anos da Companhia. O fórum de discussões itinerante passou pela Índia, China, Estados Unidos e Brasil. Durante uma semana, representantes diversos da sociedade local são convidados a elaborar propostas inovadoras para superar os desafios que se anunciam, como necessidade de uma visão sustentável e de longo prazo, otimização do uso dos recursos e de energia, desenvolvimento permanente da produção e processamento dos alimentos para atender as demandas de um planeta com população crescente além da busca de melhorias na gestão da qualidade de vida nas grandes cidades.
O objetivo central desse fórum internacional é pensar fora da caixa e trazer novos interlocutores para analizar caminhos possíveis que respondam aos desafios que teremos dentro de 30 anos, quando o planeta terá cerca de 10 Bilhões de habitantes. Fica claro que se a Indústria Química não se antecipar nessa busca de soluções, teremos um agravamento progressivo de várias situações críticas que já vivemos. Por isso a BASF de hoje vive tão intensamente esses desafios que seu “slogan” traduz perfeitamente: “We create Chemistry”(Nós transformamos a Química), onde a Química é entendida como uma ferramenta para o avanço da sociedade mundial.

A NATURA, por sua vez, criou uma plataforma de conexão entre iniciativas transformadoras e pessoas dispostas a colaborar com elas. Na prática, todos que de algum modo se relacionam com a Empresa têm a oportunidade de interagir e participar na construção do futuro da Companhia, de seus negócios e da sociedade onde se inserem. O Movimento NATURA, como é chamado, chega mesmo a premiar e a investir para apoiar ações realizadas pelos seus consultores dentro de suas respectivas comunidades. Desde 2014 o Movimento NATURA se tornou uma plataforma colaborativa on-line e a velocidade e intensidade dessas ações só cresceu. Tal intensificação materializa mais ainda o espírito e os valores da NATURA, Empresa fundamentada nas relações e interações entre as pessoas.

Esses e outros exemplos da mesma natureza traduzem a busca da ampliação da base criadora para aumentar a velocidade de gestação da inovação. O futuro que se avizinha traz, sem dúvida alguma, muitos desafios. Mas também fica claro que aqueles que melhor conseguirem equacionar os problemas-chave e puderem desenhar soluções inclusivas e consequentes, terão mais do que novos modelos de negócios, mais do que novos produtos, mais do que soluções técnicas superiores. Terão a identificação com o consumidor e com o seu entorno. Finalmente terão também sua preferência na decisão de continuidade da relação. E esse é o maior legado que uma empresa pode desenvolver com você.

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