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Sob pressão, Avon mudará comando

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A presidente da Avon, Sheri McCoy, renunciará em março, informou a fabricante de cosméticos, que enfrenta a pressão de investidores ativistas para avançar mais rapidamente em seu plano de recuperação operacional.

O anúncio de saída da executiva chega após os lucros e as vendas no segundo trimestre ficarem pouco abaixo da estimativa de analistas, em meio a um processo de reestruturação de três anos. O grupo teve prejuízo de US$ 45,5 milhões no segundo trimestre. A receita recuou 3,3%, para US$ 1,35 bilhão.

No Brasil, a empresa informou que as receitas avançaram 7%, beneficiadas por ganhos cambiais. Em moeda constante, houve retração de 2%. A queda ocorreu principalmente devido à redução no número de revendedoras e a um desempenho abaixo do esperado na categoria de maquiagem.

A fabricante, que é uma das maiores companhias de venda direta do mundo, registrou recuo de 3% no número de consultoras ativas em todas as regiões, com destaque para a Ásia-Pacífico, que teve retração de 7%. A média global de pedidos recuou 1%.

A Avon está perdendo muitas de suas representantes por não conseguir modernizar seus produtos e capitalizar a influência da internet nos hábitos de compra.

A companhia de beleza prometeu recuperar seu negócio quando lançou um plano de transformação em 2016. A empresa vendeu a operação na América do Norte para a firma de private equity Cerberus Capital Management, para reforçar o foco em negócios internacionais.

O movimento atenuou temporariamente a preocupação de investidores, mas um prejuízo inesperado no primeiro trimestre deste ano colocou Sheri de volta na berlinda. As principais críticas vêm dos investidores ativistas Barington Capital Group e NuOrion Partners, que consideram que há lentidão no processo de recuperação.

No relatório de resultados divulgado ontem, Sheri afirmou que os números de abril a julho ficaram abaixo do esperado pela companhia. “O desempenho do segundo trimestre caiu abaixo de nossas expectativas em relação a um trimestre forte no ano passado. Conforme indicado anteriormente, esperamos que o segundo semestre produza um desempenho mais forte com base em nossos valiosos planos de inovação de produtos e outras iniciativas para aumentar a atividade representativa”, disse.

A margem operacional da companhia recuou 4,3 pontos percentuais no período, para 2,3%, afetada por contingências relacionadas a planos de pensão fora dos EUA e custos de implantação de um programa de reestruturação.

No Brasil, além de perder consultoras, a inadimplência das vendedoras aumentou no país e deve seguir elevada no segundo semestre, segundo o diretor financeiro da Avon, Jaime Wilson. Por isso, a companhia adotou termos mais rígidos para a venda de produtos a seus representantes.

O executivo afirmou ainda, em teleconferência com analistas ontem, que a empresa elevou os investimentos em publicidade no mercado brasileiro de abril a junho, porém não teve o retorno esperado, uma vez que o consumidor ficou mais retraído por conta das condições de desemprego e queda de renda, e segue em movimento de troca de marca e de procura por produtos de preço mais baixo. (*Dow Jones. Colaborou Rodrigo Rocha, de São Paulo)

Fonte: Valor

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